Giba I- O profeta

Estavam alguns McQuarries numa viagem à praia do Bonete, uma praia deserta e isolada do mundo, onde costumes medievais ainda eram corriqueiros. Era possível observar seus habitantes vestindo-se na moda européia de cinco séculos atrás, além de falarem um português extremamente arcáico. Os hábitos daquele vilarejo certamente pararam no tempo, devido naturalmente ao seu isolamento do mundo.
Atendendo ao convite de Ralapau, alguns McQuarries decidiram passar uma semana de suas férias naquele inóspito lugar. Eram eles Atkins, Madruga, Giba, Gustavo, João da Poli, Líder, Márcio, Matemático, Roque e Ju da T11, além do próprio Ralapau. Gustavo e Ju foram embora um dia antes do ocorrido, prevendo o forte temporal que assolaria a região e deixando o restante dos McQuarries à merce da própria sorte. No entanto, este ato egoísta fez com que os dois perdessem a cena mais esplêndida que poderia se passar frente aos seus olhos. Vamos a essa cena.
Estavam os restantes dos McQuarries saindo de um boteco à noite, provavelmente o local mais moderno de toda a região. Chuviscava. O mar em frente ao boteco estava calmo e a lua aparecia timidamente, disputando lugar com as nuvens. Foi então que aconteceu. Giba, o glorioso Giba, segurando o seu Cajado da Alegria e levantando ambos os braços para o céu proclamou para o mar, fazendo-se ouvir também no céu e para toda a eternidade:
O AMOR É IMPORTANTE!
Bastou esta única frase. As finas gotas de chuva cessaram e incontáveis raios começaram a cair sobre o mar, causando ensurdecedores trovões. As nuvens que tapavam a lua abriram espaço e neste momento um raio luminoso, vindo do céu, de cerca de dois metros de diâmetro, incidiu sobre Giba. Era uma luz levemente azulada, quase branca. Neste instante, quando o êxtase já parecia completo, um som, que parecia vindo do infinito, começou a soar nos ouvidos de todos os McQuarries. Era um som divino, impossível de ser descrito com palavras. O mar então se dividiu em dois formando um caminho que ia até onde a vista permitia. Este sim, era o êxtase. Por fim, Giba abaixou calmamente os braços, como se sua missão estivesse cumprida. Com este simples gesto, tudo começou a voltar ao normal, o mar voltou a ser um só, os raios e trovões cessaram, tanto a luz que incidia sobre Giba quanto o som divino desapareceram.

Emailda I- A prosposta indecente

Estavam os McQuarries numa fatídica aula de Matemática II. Aquele calor agradável, perfeito para uma soneca, preenchia toda a sala. Dentre todos os McQuarries, certamente o mais afetado pela onda de sono era o garoto Líder, que na época tinha apenas 14 anos. Foram o seu enorme interesse pela ciência e sua inteligência acima da média que permitiram-no entrar na faculdade com tão pouca idade. Naquele dia, porém, nem mesmo a sua natural curiosidade pelas ciências foi capaz de vencer o seu sono. O garoto Líder lutava incansavelmente, numa batalha já perdida. Os outros McQuarries não demoraram a perceber a transição de Líder, que passava num segundo da vigília para o sono profundo e vice-versa. Naturalmente que os comentários dos outros McQuarries também não demoraram a aparecer:
_ Ô, olhem pro Líder! Será que ele tá dormindo ou acordado?
_ O Líder tá com muito sono esses dias. Será que ele não está dormindo à noite?
_ Se ele não dorme à noite, o que ele fica fazendo então?
_ Criança tem que dormir cedo!
E os comentários proliferavam. Até que Emailda, num dos momentos de vigília do Líder, falou para este:
_ Líder, quero te ver na cama às 8, hein?
A sala inteira, inclusive o professor Tonelli, estancaram, perplexados frente a tal proposta.
O leitor que não conhece Emailda certamente pensaria que se tratava apenas de um conselho de nossa amiga, pedindo para que o Líder dormisse cedo. No entanto, aqueles que a conhecem bem sabem muito bem o que ela quis dizer: ela fez uma abominável prosposta de pedofilia para o ingênuo menino Líder!
E foi a partir desse dia que os McQuarries começaram a conhecer a verdadeira face de Emailda. Uma garota aparentemente doce, mas que esconde uma terrível mente poluída.

McQuarries: o início

Era uma vez vinte e um seres escolhidos pela comissão coordenadora. Eram eles: Alexandre, o insuperável mestre errepegista; Atkins, o ser supremo; Madruga, o imbecil; Eduardo, o ser normal; Químico, aquele que domina a arte da química; Weber, o senhor do fluxo eletromagnético; Giba, o ser fantástico que tem a capacidade de minorar; Gustavo, aquele que canta; João da Poli, o futuro vereador que veio da Poli; Júlio, com o seu apuradíssimo gosto musical; Lívia, que montou a incrível teoria bubbles; Lucas, aquele que domina a mente eletrônica; Ralapau, aquele que possui os poderes da ralação de pau; Líder, simplesmente o líder; Márcio, que tirou o pau da checa; Patrícia, aquela que faz homens acreditarem que no Brasil existem muitas mulheres gays; Matemático, o ser que domina as miraculosas técnicas da matemática; Roque, aquele que possui toda a genialidade de Lester; Silva, que tem um poblema de dicção; Thiago, com as suas sacadas absolutamente fenomenais; e Emailda, aquela que possui a mente depravada;
Estes são os vinte e um protagonistas de nossa história. Em breve alguns contos!