Sunday, December 25, 2005

Gustavo I- A velhinha tarada

Nosso amigo Gustavo estava numa festa, mais precisamente no que se costuma chamar de balada. Dentre todos os integrantes da festa uma chamava especial atenção. Era uma velhinha que, apesar da idade, dançava com desenvoltura. Achando a situação curiosa, mas sem dar atenção exagerada a este fato, Gustavo estava também dançando na pista, mostrando que além de seus dotes como cantor, sabia dançar como ninguém. Utilizando-se de todas as suas poses de karatê-kid aprendidas com o mestre Miyagi, Gustavo esbanjava agilidade e técnica. Estava a festa neste rumo, cada uma das pessoas atuando como uma partícula de um gás perfeito, ocupando todo o espaço da pista até que a velhinha se aproximou aleatoriamente de Gustavo. E exatamente neste instante a energia elétrica do local acabou. A música parou de tocar e uma enorme escuridão se apossava de tudo. Pouco era possível enxergar e apenas objetos a alguns palmos diante dos próprios olhos eram visíveis. Para a sorte de nossa história, Gustavo estava perigosamente perto do ocorrido e pôde relatar o caso. Aproveitando-se da escuridão quase total, a velhinha esticou o braço e agarrou com firmeza o saco escrotal de um indivíduo que estava justamente ao lado de Gustavo. Apertando com força, ela disse:
_Quem é?
Não houve resposta. A velhinha então apertou com mais força e repetiu:
_Quem é?
Novamente silêncio. Não se conformando, a velhinha passou a apertar com todas as suas forças o saco do infeliz indivíduo. Era possível até ver as veias se sobressaindo do braço da velhinha, assim como os seus dentes rangendo.
_Quem é?
Uma voz então quase inaudível veio do rapaz:
_O João...
_Que João?
E este respondeu com uma voz ainda mais fraca:
_O mudinho!

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