Friday, November 25, 2005

Giba I- O profeta

Estavam alguns McQuarries numa viagem à praia do Bonete, uma praia deserta e isolada do mundo, onde costumes medievais ainda eram corriqueiros. Era possível observar seus habitantes vestindo-se na moda européia de cinco séculos atrás, além de falarem um português extremamente arcáico. Os hábitos daquele vilarejo certamente pararam no tempo, devido naturalmente ao seu isolamento do mundo.
Atendendo ao convite de Ralapau, alguns McQuarries decidiram passar uma semana de suas férias naquele inóspito lugar. Eram eles Atkins, Madruga, Giba, Gustavo, João da Poli, Líder, Márcio, Matemático, Roque e Ju da T11, além do próprio Ralapau. Gustavo e Ju foram embora um dia antes do ocorrido, prevendo o forte temporal que assolaria a região e deixando o restante dos McQuarries à merce da própria sorte. No entanto, este ato egoísta fez com que os dois perdessem a cena mais esplêndida que poderia se passar frente aos seus olhos. Vamos a essa cena.
Estavam os restantes dos McQuarries saindo de um boteco à noite, provavelmente o local mais moderno de toda a região. Chuviscava. O mar em frente ao boteco estava calmo e a lua aparecia timidamente, disputando lugar com as nuvens. Foi então que aconteceu. Giba, o glorioso Giba, segurando o seu Cajado da Alegria e levantando ambos os braços para o céu proclamou para o mar, fazendo-se ouvir também no céu e para toda a eternidade:
O AMOR É IMPORTANTE!
Bastou esta única frase. As finas gotas de chuva cessaram e incontáveis raios começaram a cair sobre o mar, causando ensurdecedores trovões. As nuvens que tapavam a lua abriram espaço e neste momento um raio luminoso, vindo do céu, de cerca de dois metros de diâmetro, incidiu sobre Giba. Era uma luz levemente azulada, quase branca. Neste instante, quando o êxtase já parecia completo, um som, que parecia vindo do infinito, começou a soar nos ouvidos de todos os McQuarries. Era um som divino, impossível de ser descrito com palavras. O mar então se dividiu em dois formando um caminho que ia até onde a vista permitia. Este sim, era o êxtase. Por fim, Giba abaixou calmamente os braços, como se sua missão estivesse cumprida. Com este simples gesto, tudo começou a voltar ao normal, o mar voltou a ser um só, os raios e trovões cessaram, tanto a luz que incidia sobre Giba quanto o som divino desapareceram.

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