Wednesday, May 03, 2006

Líder II- A recusa

Este fato já se passou há algum tempo. Ano de 2003. Festa de aniversário do McQuarrie Eduardo. Muitos McQuarries compareceram ao barzinho onde se dava a festa. Havia uma grande mesa onde todos eles, assim que chegavam, iam se sentando e a conversa fluia animada. Tópicos de grande interesse popular sobre matemática, física e química se seguiam numa discussão acalorada, porém amistosa. Dentre estes assuntos há uma forte lembrança deste narrador sobre a conversa erudita entre o Químico e o Matemático. Os nomes de ambos dispensam qualquer comentário sobre o altíssimo nível do diálogo. No entanto, apesar da conversa dos dois ter sido extraordinariamente bela, não só pelo rico vocabulário empregado como também pelo conteúdo expresso, não é este o enfoque desta história.
Neste presente conto, vamos relatar um ato verdadeiramente heróico, evento de grande raridade nos dias atuais. O herói a quem vamos nos referir não podia ser outro, senão o Líder, aquele que dá o real sentido ao nome. De fato, um líder com L maiúsculo.
Os McQuarries não eram os únicos convidados de Eduardo. Haviam ainda amigos de muitas outras partes do mundo. E dentre todas estas pessoas, existia uma mulher que se destacava pela sua inigualável beleza. Sim, era realmente bela. Simultâneamente à sua presença, Líder estava vendo o cardápio, sentado confortavelmente à mesa. Foi então que a bela mulher deitou os seus olhos no nosso amigo. Sua paixão foi imediata. Jamais vira um homem com tamanho espírito de liderança e isto a atraia inexoravelmente. Incapaz de se conter por mais tempo ela foi até o lado de Líder. Infelizmente não havia uma cadeira disponível, mas isso não seria um problema. Gentilmente ela disse:
_ Olá, eu posso ver um pouco o cardápio?
E simultaneamente seus braços envolveram Líder, chegando até o dito cardápio. Era praticamente um abraço vindo de trás, faces quase coladas lateralmente e mãos quase unidas sobre o cardápio.
Seria um sonho para qualquer homem. Porém, para Líder, um amante incondicional da ciência, era uma situação desesperadora. Antes de mais nada um cientista deve servir à ciência, nada mais. Sua vida deve ser devotada exclusivamente a isto. Como incluir uma mulher neste árido meio? Como? Por outro lado, Líder era, ainda, um homem. As paixões terrenas conviviam antagonicamente em sua mente escondidas sob o manto da ciência. No entanto, a presença tão próxima de uma mulher tão bela reacendia esta chama humana. Havia, sem dúvida, um grande conflito em seus pensamentos.
Percebendo que seu primeiro ataque não tinha surtido efeito, a bela mulher começou a falar no ouvido de Líder, tentando a todo custo dominá-lo. Líder resistia. Sabia o que era correto e portanto sabia que jamais deveria se entregar. Mas era difícil. Os sentimentos se revoltavam quase que de modo incontrolável e dificultavam o pensamento são.
A bela mulher ainda não estava obtendo resultados. Para ela isto era inaceitável. Jamais algum homem teve a coragem, a ousadia de recusá-la. E não seria agora que isto aconteceria. Sim, mesmo que tivesse que jogar sujo, ela conseguiria o seu intento.
E foi usando esta última cartada, decidida a utilizar o meio mais vil e cruel, que ela disse:
_ Ai, eu quero trepar com você, Líder.
Era agora ou nunca. Líder usou então toda a força que lhe restava para dizer de forma magnânima e acabar com aquilo de uma vez por todas:
_ Não minha filha, eu não sou disso. Eu sou viado, não sei se você sabe.
Fim de jogo.

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Lideeeeerrrsssssss !!!!!
auhauhauahauhauhaua !!!!!!!!

6:40 PM  
Blogger LF said...

Eu não posso fazer mais nada!
Tô ficando velho, to acabado...

7:24 PM  
Anonymous Anonymous said...

Ha, mas que coisa hein?

Apenas uma dúvida restou aqui: o cardápio...seria mesmo um cardápio ou um exemplar do Apostol?

7:45 PM  

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