João da Poli I- A resistência
O que significa ser resistente? Significa ser João da Poli.
Início do terceiro semestre do curso de Ciências Moleculares. Disciplina de Biologia III. As fatigantes aulas de laboratório estavam desgastando a todos. De fato, tais aulas consistiam de uma longa jornada, começando às oitos horas da manhã para terminarem tipicamente às nove horas da noite com uma pequena pausa de meia hora para o almoço. Em anos anteriores este horário era inexistente para com isso aumentar em meia hora o tempo de trabalho. No entanto, ao perceber que o rendimento dos alunos caía consideravelmente à tarde, a comissão coordenadora decidiu instituir o horário de almoço para aqueles que realmente julgassem necessário se alimentar.
No entanto, caro leitor, esta não é a faceta mais tenebrosa desta disciplina. Como todo curso de laboratório, era obrigatório, ao final da experiência, fazer um relatório. Tal relatório deveria abranger todos os aspectos daquelas duas semanas de experiências, primando pela sua eloqüência em mostrar resultados e conclusões inéditas para a ciência, sendo portanto dignas de serem publicadas em revistas científicas de renome internacional. Sem dúvida uma tarefa árdua para nossos McQuarries, ainda apenas alunos de graduação. No entanto tal desafio não intimidou nosso João da Poli. Sim, ele estava disposto a cumprir a tarefa designada a ele com verdadeira honra e coragem.
João da Poli entrou na sala de computação. Tomou emprestada a cadeira de Seu Mineo, o mentor do curso de Ciências Moleculares, e sentou-se em frente a um computador. Olhou então para o seu relógio. Haviam exatamente 72 horas entre aquele momento e o prazo para a entrega do relatório. João da Poli fechou os olhos e mentalizou o seu dever, que era o de trabalhar sem descanso durante todo o tempo que tinha disponível até a conclusão de seu trabalho. Não era permitido fraquejar, sono e fome deveriam ser adversários desprezíveis frente a sua enorme força de vontade de realizar com êxito o relatório.
O que vem a seguir é apenas a demonstração incontestável da gigantesca resistência de João da Poli. Lutando bravamente contra a fome e o sono, inimigos implacáveis, ele se recusava terminantemente de sair da frente do computador e interromper o seu trabalho. Até mesmo suas necessidades fisiológicas tiveram de esperar. Durante 72 horas ininterruptas João da Poli não saiu da frente do computador, nem mesmo por um segundo. Um ser humano normal teria morrido.
Ao fim desta fatigante jornada o relatório estava pronto. João da Poli levantou-se trôpego da cadeira de Seu Mineo, sem saber exatamente se ainda estava vivo. Em seguida foi até a sala da professora para entregar o relatório. Após duas semanas recebeu sua nota: 5,1. Uma nota justa no CM por tanto esforço!
Início do terceiro semestre do curso de Ciências Moleculares. Disciplina de Biologia III. As fatigantes aulas de laboratório estavam desgastando a todos. De fato, tais aulas consistiam de uma longa jornada, começando às oitos horas da manhã para terminarem tipicamente às nove horas da noite com uma pequena pausa de meia hora para o almoço. Em anos anteriores este horário era inexistente para com isso aumentar em meia hora o tempo de trabalho. No entanto, ao perceber que o rendimento dos alunos caía consideravelmente à tarde, a comissão coordenadora decidiu instituir o horário de almoço para aqueles que realmente julgassem necessário se alimentar.
No entanto, caro leitor, esta não é a faceta mais tenebrosa desta disciplina. Como todo curso de laboratório, era obrigatório, ao final da experiência, fazer um relatório. Tal relatório deveria abranger todos os aspectos daquelas duas semanas de experiências, primando pela sua eloqüência em mostrar resultados e conclusões inéditas para a ciência, sendo portanto dignas de serem publicadas em revistas científicas de renome internacional. Sem dúvida uma tarefa árdua para nossos McQuarries, ainda apenas alunos de graduação. No entanto tal desafio não intimidou nosso João da Poli. Sim, ele estava disposto a cumprir a tarefa designada a ele com verdadeira honra e coragem.
João da Poli entrou na sala de computação. Tomou emprestada a cadeira de Seu Mineo, o mentor do curso de Ciências Moleculares, e sentou-se em frente a um computador. Olhou então para o seu relógio. Haviam exatamente 72 horas entre aquele momento e o prazo para a entrega do relatório. João da Poli fechou os olhos e mentalizou o seu dever, que era o de trabalhar sem descanso durante todo o tempo que tinha disponível até a conclusão de seu trabalho. Não era permitido fraquejar, sono e fome deveriam ser adversários desprezíveis frente a sua enorme força de vontade de realizar com êxito o relatório.
O que vem a seguir é apenas a demonstração incontestável da gigantesca resistência de João da Poli. Lutando bravamente contra a fome e o sono, inimigos implacáveis, ele se recusava terminantemente de sair da frente do computador e interromper o seu trabalho. Até mesmo suas necessidades fisiológicas tiveram de esperar. Durante 72 horas ininterruptas João da Poli não saiu da frente do computador, nem mesmo por um segundo. Um ser humano normal teria morrido.
Ao fim desta fatigante jornada o relatório estava pronto. João da Poli levantou-se trôpego da cadeira de Seu Mineo, sem saber exatamente se ainda estava vivo. Em seguida foi até a sala da professora para entregar o relatório. Após duas semanas recebeu sua nota: 5,1. Uma nota justa no CM por tanto esforço!